07 maio 2007

Vilarinho das Azenhas


Desta vez o passeio desceu até ao Rio Tua. Fui à Ribeirinha no dia 22 de Novembro de 2006 e ao Vilarinho das Azenhas no dia 21 de Janeiro de 2007. Nos dois dias, as condições atmosféricas não foram as melhores. Decidi voltar, desta vez tentando cobrir as duas num só passeio. Quase mil quilómetros depois, já não me custa tanto subir da Ribeirinha a Vilas Boas e, em termos de fotografia, também muita coisa mudou.

A viagem não tem história (fotográfica) até começar a descer de Vilas Boas para Vilarinho das Azenhas. Aí o horizonte alarga-se, os olhos soltam-se e apetece fotografar tudo. As maias ladeiam a estrada, criando uma passadeira negra num jardim florido de amarelo. O Faro, sempre vigilante, brinca com algumas nuvens brancas que emprestam mais beleza ao azul do céu.
À entrada da aldeia as hortas estão verdes com morangos brilhando de maduros e batateiras cuja rama quase já cobre a terra.

Fiz o mesmo percurso da primeira visita. Na igreja rezava-se o terço, por isso segui mais rapidamente em direcção ao rio. Perto do rio o ar estava pouco respirável. No ar circulava muito “algodão” do choupo branco. O caudal está maior do que em Janeiro e deliciei-me a fotografar o verde da vegetação contra a prata das águas.

Por todo o lado abundam flores de todas as cores com predominância do amarelo.
Depois de um pequeno passeio à ponte que permite atravessar o Rio Tua para Valverde e Barcel, voltei ao Bairro da Estação. Segui a estrada que sobe paralelamente à aldeia, até chegar à entrada, no mesmo ponto onde tinha começado. Achei que estava na hora de partir. Não encontrei ninguém a quem pedir algumas informações sobre o percurso, mas, por intuição, dirigi-me à igreja e meti por um caminho em direcção a Poente. O caminho deveria acompanhar o rio.
Quando me afastei e olhei para trás, o cenário estava fantástico. A aldeia, rodeada de oliveiras em primeiro plano. Por cima dela erguia-se o cabeço onde se encontra o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. À direita todo o conjunto da Serra do Faro e do Cabeço de S. Sebastião, coroados por algumas nuvens brancas.

O caminho está bom, não fora o vento e teria parado muitas vezes para fotografar toda a espécie de flora que se apresentava cheia de vida.
Onde o caminho cruza a Linha do Tua encontrei um dos cenários mais bonitos do dia. Que pena se esta linha encerrar. Toda esta área que percorri, da ponte de Vilarinho das Azenhas até à Ribeirinha, está coberta de flores como se houvesse um canteiro de jardim de cada lado da linha.

Segui para a Ribeirinha. (continua na Ribeirinha)

2 comentários:

Edward Soja disse...

Belíssimas fotos, caro Aníbal.
Hei-de continuar a "viajar" por aqui... até ter possibilidades de ir mesmo a essas maravilhas de paisagens.

Abraço.

Anónimo disse...

Parabéns pela forma como descreve a "minha" terra, Vilarinho das Azenhas. É verdade, tem paisagens lindas que muitos Vilaflorenses desconhecem e que o Sr. tão bem descreve.
Continue este excelente trabalho que é o seu Blog na descoberta do "nosso" concelho.
Um dia destes espero encontrá-lo por lá.
Cumprimentos
António Neves